Assentados transformam mel em cosméticos
Barbatimão, aroeira e própolis também são ingredientes que compõem os produtos. A iniciativa vem dos assentamentos Rio Claro e Santa Rita, localizados no município de Jataí
Quem passar pela Agro
Centro-Oeste Familiar, de 13 a 16 de junho, poderá se surpreender com o uso
dado ao mel produzido em assentamentos da reforma agrária em Goiás. Mais que um
alimento gostoso, nutritivo e saudável, o mel tornou-se produto de higiene e cosmético,
por meio do trabalho de homens e mulheres rurais.
Moradora do Assentamento Rio
Claro, em Jataí, Lázara Batista dos Santos é uma das expositoras selecionadas
pelo Incra para a Agro Centro-Oeste Familiar. Ela mostrará ao público o
sabonete íntimo fabricado com barbatimão, aroeira, mel e própolis; a cera depilatória
a base de mel; e o gel esfoliante de mel, base gel, própolis e microesferas.
Ainda é parte da lista de
produtos o spray bucal feito com mel, própolis, extrato de romã, malva,
gengibre e essência de néctar. “Sei que poderemos fabricar muito mais com o mel
que, em breve, deverá ser a atividade principal das nossas famílias”, diz
Lázara, que se formou em dezembro de 2011 no curso de Tecnologia de Alimentos
da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
A atividade apícola nos
assentamentos Rio Claro e Santa Rita, ambos em Jataí, é apoiada pela UEG, que
desenvolveu com os assentados a barrinha de cereal e a trufa de mel, produtos
que também estarão na Agro Centro-Oeste Familiar. O projeto das famílias
assentadas, denominado Desenvolvimento Sustentável, foi contemplado pelo
Programa Nacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em 2010, com
R$ 25 mil.
Lázara relata que o recurso foi
utilizado para construir caixas (colmeias), adquirir centrífuga, decantadores,
baldes de inox e uma mesa desoperculadora, usada para escorrer e filtrar o mel.
Todos os equipamentos estão permitindo às trabalhadoras rurais manipular o mel
com higiene e sem desperdício. “Na safra de 2011, coletamos 200 quilos de mel e
promovemos uma feira para comercializar a produção. Para setembro deste ano,
que é o mês da safra, estamos esperando obter pelo menos 300 quilos”, planeja a
assentada.
Fonte: Ascom/Incra
Visite o site: http://www.agro.ufg.br/agrocentro
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