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Agroindústria

Produção de pães é alternativa de renda para mulheres rurais
Além de servir para gerar renda extra, o curso também vai melhorar a qualidade dos produtos na mesa das famílias do assentamento

Buscar alternativas para gerar renda no campo, qualificar e diversificar a produção. Para isso, agricultoras do assentamento Celso Daniel, em Macaé, participaram esta semana de um curso de panificação artesanal, promovido pela Emater-Rio, com apoio do Rio Rural. Executora do programa na microbacia Canal Jurumirim, a engenheira agrônoma Ana Rita Rangel explicou que a ideia do curso foi identificada pela comunidade logo no início dos trabalhos no assentamento, durante a etapa do Diagnóstico Rural Participativo (DRP). “Elas precisam de atividades geradoras de renda nas propriedades, que permitam trocar os dias de faxina na zona urbana pelo cuidado com as lavouras e os filhos. Como a renda familiar ainda é baixa, muitas mantêm as atividades de diarista na cidade”, revela Ana Rita.
Além de servir para gerar renda extra, o curso também vai melhorar a qualidade dos produtos na mesa das famílias do assentamento. “Aqui não tem nenhum comércio perto e elas precisam aumentar as opções de alimentos”, informou Marcos Peruzzi, extensionista social da Emater-Rio, responsável pelas aulas. As doze agricultoras que participaram do curso ficaram animadas com as novas possibilidades. “Vou fazer pães para vender e melhorar o dinheiro na minha casa. Agora também posso receber visitas pra um lanche, tenho certeza de que vou saber fazer coisas gostosas”, avaliou Marcília Macedo Pereira, de 67 anos.
Durante três dias, as mulheres aprenderam técnicas artesanais para confecção de pães salgados, doces, pizzas e panetones. No encerramento do curso, uma confraternização animou a tarde, com direito a degustação de todos os produtos. As mulheres, que receberam certificados de participação, estão confiantes e desejam continuar a aprendizagem. “Vamos voltar no próximo mês para ensinar a fazer molho de pimenta, panetone salgado e também vamos dar orientações sobre vendas e como calcular os preços”, disse Peruzzi. “Aqui eles têm muito feijão de corda, milho e pimenta, e querem agregar valor ao produto fazendo molhos”, explica Ana Rita.
A agricultora Tânia Falcão, que cultiva milho, feijão e amendoim, gostou do que viu no curso. “Estou encantada. Antes eu até fazia pão, mas ficava duro. Agora aprendi a fazer panetone, isso é muito interessante”, disse. Crianças da comunidades também acompanharam as mães durante as atividades, como observadoras.
O assessor técnico regional do Rio Rural, Luiz Carlos Guimarães, avalia esta ação foi muito importante para fomentar a união da comunidade e estimular as vocações dos diferentes públicos. "Esse é um lado muito positivo do Rio Rural. Mesmo os agricultores que ainda não foram atendidos diretamente com os projetos, estão sendo beneficiados por cursos como este, que foi um pedido da comunidade. Isso só é possível porque eles estão organizados e sabem quais são suas", finalizou.

FONTE: Dia de Campo

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