Agroecologia: bases científicas para
uma agricultura sustentável
Desde sua publicação, o livro de Miguel Altieri exerceu
forte influência na disseminação da Agroecologia no Brasil, tendo sido adotado
como obra de referência por profissionais de ONGs e instituições oficiais de
ensino, de pesquisa e de extensão rural.
A Agroecologia vem sendo assimilada como referência em
projetos e programas de variados órgãos dos governos federal, estaduais e
municipais. Na área da educação formal, já se contabilizam mais de uma centena
de cursos de Agroecologia ou com diferentes acercamentos ao enfoque
agroecológico, abrangendo desde o nível médio e superior até iniciativas de
mestrado e linhas de pesquisa em programas de doutorado. Outra importante
evolução nessa área veio com a criação de mais de cem núcleos de Agroecologia
que integram professores e estudantes do ensino médio e/ou universitário em
fecundos ambientes de aprendizagem proporcionados pela interação com
comunidades rurais.
Esperamos que a publicação desta terceira edição contribua
para o processo de internalização do paradigma agroecológico nas instituições
que incidem sobre os rumos do desenvolvimento rural. Para compô-la, propusemos
ao autor uma remodelação da edição anterior com o objetivo de atualizar a obra
para o presente contexto de construção da Agroecologia no Brasil. Nessa
reformatação, introduzimos uma primeira seção que apresenta uma crítica à
agricultura industrial elaborada sob o prisma agroecológico. Nela são abordadas
as inovações no regime sociotécnico dominante efetuadas nas últimas décadas,
com o advento da transgenia em escala comercial e com a expansão das
monoculturas voltadas à produção de agrocombustíveis. As segunda e terceira
seções enfocam conceitos e métodos para o manejo dos agroecossistemas e
correspondem aos conteúdos já apresentados nas edições anteriores. Alguns dos
capítulos publicados anteriormente foram substituídos por textos mais recentes
do autor.
A última seção contempla uma questão central no avanço da
perspectiva agroecológica na sociedade: o reconhecimento e a promoção da
agricultura familiar camponesa como a base social da agricultura sustentável. A
agricultura camponesa constrói o seu progresso com base na valorização dos
recursos localmente disponíveis, não dependendo por isso de aportes
sistemáticos de energia, materiais e conhecimentos externos. Assim construído,
o desenvolvimento da agricultura familiar contribui diretamente para o
desenvolvimento da sociedade em que ela está inserida, já que desempenha
variadas funções de interesse público, dentre as quais se destacam a produção de
alimentos em quantidade, qualidade e diversidade; a conservação dos recursos
naturais; a geração de postos de trabalhos dignos; a conservação e a
revitalização das culturas rurais; e a dinamização econômica do mundo rural.
FONTE: ASPTA
FONTE: ASPTA
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